O Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) apresentou à reitoria o primeiro módulo de seu novo prédio de pesquisas, que comporta nove laboratórios voltados para a pesquisa científica de doenças degenerativas. “Nós pretendemos fazer uma inauguração pomposa, quando tivermos condições após o fim da pandemia”, disse o professor José Garcia Abreu, diretor do ICB. A obra, iniciada em 2012, sofreu atrasos nos últimos anos em função da crise orçamentária da universidade. “Apesar de não ter o prédio todo concluído, é uma sensação de alívio, de crescimento”, afirma o diretor.
Por enquanto, 80 pessoas já utilizam as instalações. Mas a expectativa é que o novo prédio beneficiará direta e indiretamente a pesquisa de mais de 200 professores, cerca de três mil alunos de graduação e de pós-graduação e pesquisadores de pós-doutorado. Até o momento, foram investidos R$ 26 milhões na construção, que recebeu recursos do Ministério da Saúde, da Finep, da própria UFRJ e de emendas parlamentares. O dirigente calcula que seriam necessários, no mínimo, mais R$ 26 milhões para concluir a edificação.
“Quando se investe na universidade, ela dá retorno. Temos nove laboratórios aqui, de uma diversidade de áreas, e vamos retribuir com novas descobertas, com formação de alunos”, afirmou o diretor. Mas a alegria pela conquista se mistura com a preocupação com a asfixia financeira. “Ao mesmo tempo em que temos uma estrutura nova para trabalhar, temos medo de que não seja possível fazer a manutenção das áreas recém-ocupadas”, completou.